O Gringo Sou EU tem como formação espontânea o convívio na periferia e favela brasileira. Observador inquieto, em Portugal desde 2010, Frankão resolveu criar o projeto de letras inspiradas na sua visão de mundo e cotidiano, de beats fervorosos e linhas simples. Sob o som do tamborzão vem somando novos valores ao seu estilo, sem saudosismo, mas com a mesma pureza de quando começou na década de 90.
Não obstante, em tom de combate às assimetrias e tomando, cada vez mais, uma forma global. Com uma forte componente de crítica política atua, também, na área sociocultural formando coletivos musicais com crianças e jovens, desde as comunidades do Rio de Janeiro até aos bairros sociais portugueses.
Sobre o artista
Franklin Soares Monteiro (Angra dos Reis, 1978). Em 1996, participa de sua primeira banda – Tchaka Fire. Em 1999, cria a banda Gusa. Em 2003, foi fundador do ECFA – Espaço Cultural Francisco de Assis França na cidade industrial de Volta Redonda – RJ. Ponto de Cultura do programa ‘Cultura Viva’ do Governo Federal brasileiro, foi estrutura-referência no âmbito sociocultural tendo agido junto de 12 favelas no estado do Rio de Janeiro.
Reside em Portugal desde 2010 e, desde então, desenvolveu trabalho junto de entidades e países como o Brasil, São Tomé e Príncipe ou Alemanha.
Idealizador do projeto Blocodeconcreto e outras iniciativas na área da educação artística, em Portugal atuou e atua nos bairros sociais, associações e escolas de Sintra, Cascais, Matosinhos, Guimarães e V. N. Famalicão.
Enquanto músico, e para além de O Gringo Sou EU, é pandeirista e back vocal da banda Samba Sem Fronteiras e, também, percussionista dos HHY & The Macumbas.
‘Com as letras aguçadas de Frankão (sambista, funkeiro, rapper) a remexerem feridas sociais com o melhor ‘beat’.
“É tudo falso, é tudo ‘fake’, é tudo truque. Pessoas só são felizes no Facebook”. Show de bola com sotaque brasileiro.’
(Bernardo Mendonça/ Expresso, Março de 2016, a propósito da participação no Festival Tremor, Açores)